sexta-feira, 28 de março de 2014

Sobre Audiência

Outro dia uma amiga comentou comigo que iria parar de atualizar o seu blog, pois se fosse para seguir publicando e não tendo leituras, melhor seria voltar a manter os escritos na gaveta, como antes. 

Acho que eu não me preocupo tanto assim com audiência, na verdade nunca me preocupei e a prova disso está na falta de esforço significativo da minha parte para agradar ou ser popular, para ‘ganhar seguidores a qualquer custo’.

Ora, uma pessoa que entende como funciona um pouquinho só do mecanismo dos algoritmos sociais poderia tentar tirar melhor vantagem deles, não? Mas é justamente isto o que eu nunca quis para os meus blogs: a falsidade dos números e das estatísticas, a pura aplicação de técnicas de publicidade e vendas.

Outro dia recebi um convite para assinar uma newsletter de um blogueiro cujo blog eu leio de quando em vez. Assinei, passei um tempo recebendo e depois cancelei. A newsletter seria uma forma de ‘estreitar’ o contato com os leitores, pois ele também se dizia insatisfeito com a audiência dos seus blogs e trouxe um feixe de queixas comuns entre blogueiros ‘profissionais’. Aconselhou os leitores a deixarem os blogs e partirem para as newletters, que era ‘a estratégia’. 


Eu tentei contato com ele, mas nossa conversação não foi adiante e não foi porque para ele talvez eu fosse apenas um número e exatamente por isso eu tenho horror à palavra ‘seguidores’, bem como ao 'curtir' e peço a Deus que meus blogs continuem tendo pouca audiência, o que me permite dar uma atenção mais honesta às pessoas. Quem quiser falar comigo terá minha atenção, sempre que possível.

Deixo essa caixinha ativa no meu blog, a de seguidores, por uma questão de praticidade apenas, para que quem deseje cadastrar-se e seguir as postagens possa fazê-lo sem problemas no mecanismo usual, mas já pensei várias vezes em retirá-la, pois até a exibição de números de acessos e quantidade de seguidores pode influenciar o comportamento dos visitantes de um site. No caso do Bluemaedel, por exemplo, há uns 37 seguidores que foram se juntando ao longo de cinco anos, mas a grande maioria deles NUNCA se manifestou. Então me diga como é que eu posso cair numa balela dessas? Jamais! :-)

Pois não me preocupo tanto com audiência, digo ‘tanto’ pois se dissesse que não me preocupo nem um pouco eu estaria mentindo, e esse post seria uma contradição. Eu me preocupo sim, mas tento manter sempre os pés no chão. 

Gente, quanto mais uso a Internet nos últimos anos, maior a minha impressão de que isso aqui é tudo ilusão, tudo aquilo que eu não puder trazer para a minha realidade, para mim é irreal: contatos principalmente, a sensação de estar regando flores de plástico – obrigada Afonso Cruz! – e o que é pior: “trabalhando duro para regar uma vida dessa”. Pode?! Pra lá!

Querem saber para quem eu blogo? (Aqui falo dos meus blogs pessoais). Blogo para o futuro, blogo para a minha filha, minha família e meus amigos, blogo como um registro pessoal, um registro público que eu não poderia mudar facilmente sem ter de mentir para mim mesma. Ou seja: meus blogs são uma parte da minha gaveta onde eu coloco coisas que outras pessoas também poderão ver sem problemas, mas se ninguém estiver a fim de lê-las, por mim tudo bem, meu prazer da escrita e edição completou-se já com a publicação e a visualização de um resultado que por certo me agradou naquele momento.

Escrevo, e publico, primeiramente por pura satisfação pessoal, depois pela partilha, e isso me permite continuar blogando e usando a Internet sem tirar meus pés do chão, sem iludir o meu olfato de que sinto o perfume das flores de plástico, não sinto, sinto o cheiro do plástico, não das flores, muito menos os odores da vida real.

Escrever sem compromisso e ou escrever para ninguém é, de fato, uma grande liberdade, uma das maiores que já experimentei.






© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Para quem gosta de contos e desafios

Olá, gente amiga, tudo bem? 


Pois é, vocês já sabem que estou nesta rede com o objetivo de divulgar projetos literários. 

Por acaso me falaram outro dia de um site brasileiro chamado entrecontos.com. Parece-me um projeto mais voltado para temas da linha 'fantástica' (fantástica como o termo tem sido empregado ultimamente no Brasil), mas não só. Vi contos por lá que eu acho que não se enquadrariam no rótulo 'fantástico', contos realmente bons. 


Mas o que eu achei melhor mesmo foram os desafios que eles promovem regularmente, onde os textos recebem comentários (parece que) mais críticos do que se costuma ver em outros espaços por aí, e feitos por quem parece entender do assunto (tive essa impressão). Ou seja: se vocês buscam participar de desafios onde as pessoas vão procurar, sobretudo, encontrar fraquezas nos seus textos para ajudá-los a evoluir na escrita, então o Entrecontos pode ser um bom lugar para começar, e a participação é gratuita.

Eu costumava publicar meus contos no Recanto das Letras, mas a falta de comentários mais críticos desmotivou-me a seguir por lá. E não tenho escrito muito ultimamente, os concursos não me atraem porque não busco competição ou reconhecimento e sim apenas trocar idéias sobre a arte da narrativa, 'desopilar' a cabeça através da escrita e seu exercício de quando em vez. Também deixei de publicar no Recanto porque a dinâmica por trás da coisa é o esquema 'eu-te-visito-tu-me-visitas' e quem não tem tempo para tal não consegue muita visibilidade por lá. Há experiências diferentes, claro; há gente que gosta muito desse site, mas para mim ele funciona muito mais como uma rede social do que como um espaço verdadeiramente literário ou voltado para quem quer aprender a escrever de verdade, ou falar sobre literatura, mas essa é só a minha visão, então não se zangue comigo quem ama o Recanto, ok?

Para suprir essa necessidade de ter contato com escritores um pouco mais comprometidos com a arte, criei o Quinze Contos Mais, mas os problemas da falta de interesse e da pouca visibilidade, leitura e comentários persistem, até mesmo porque o espaço não foi criado com a idéia de desafio ou competição, eu não tenho dinheiro para oferecer como prêmios, muito menos uma publicação em livro de papel.

O Quinze Contos Mais é um projeto para incentivar a produção de contos literários, e como mantenho tudo sozinha, não posso dedicar mais tempo e recursos do que já dedico para a divulgação. Em dois anos, entretanto, consegui boas amostras de contos nos volumes I e II. Planejo fazer outra chamada para o Volume III no próximo ano, ainda mais por ser um ano de número especial: 2015, mas para isso terei de deixar de lado outros projetos, pois organizar uma coletânea de contos a partir de uma chamada aberta requer muito tempo e trabalho, o volume II requereu 8 meses entre a chamada e a publicação em e-book.

Pois bem, então se vocês gostam de contos e buscam desafios com um feedback mais crítico, busquem o Entrecontos. Fica a dica!

E se vocês gostam de ler contos, causos e narrativas, dêem uma passada no Quinxtextos, no Quinze Contos Mais ou no Sem Vergonha de Contar. Se quiserem apoiar quaisquer desses trabalhos, compartilhem os links para os sites ou recomendem por aí. Valeu!




© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quarta-feira, 26 de março de 2014

Deus me livre dos mitos - hoje e sempre: Amém!


Rapaz, cometi um erro no post anterior: escrevi ‘ciclo de amigos’ em lugar de ‘cíRCUlo de amigos’. Menos pior, já pensou se tivesse escrito ‘circo’?
Palhaçadas à parte, dei-me conta do ocorrido depois de publicado o post e não quis voltar para editar, mas vou deixar uma errata como comentário no post original. Pelo menos isso serviu-me para pensar nas pessoas e nos mitos que elas constroem em torno de outras.
Sabem o Benjamin Moser, aquele que escreveu uma biografia da Clarice Lispector? Pois ele agora está trabalhando numa biografia da Susan Sontag (1), escritora americana falecida nos final do século XX, não recordo o ano. Sim, estava lendo um artigo dele sobre a experiência de remexer nos ‘restos literários’ dela: e-mails, documentos e objetos mantidos no acervo de uma bioblioteca, e ele contando o que sentiu quando fez o mesmo com as coisas da Clarice e se perguntando se elas iriam gostar de saber que alguém andou remexendo em seus guardados e segredos mais íntimos. Tudo isso porque ele relatou o seguinte: “Quem imaginaria que Susan Sontag escrevesse e-mails assim: ‘E aí, o que tá rolando?’”.
Como dizia aquela propaganda: “imagem é tudo” e a imagem de ensaísta famosa, intelectual, impede que alguns vejam Susan Sontag como um ser humano perfeitamente normal, com defeitos, qualidades e necessidades fisiológicas como qualquer um. Todavia, as pessoas se esquecem desses aspectos então surgem os mitos.
Eu morro de medo de mitos, por isso deixo os meus erros para registro, até mesmo porque se um dia eu vier a perder a cabeça e me dano a pensar que sou perfeita e que sou ‘muita merda’, que meus erros me recordem de que sou apenas pó, também de mico; mas mito, não!
Pois é, eu sou normal.


P.S.: Susan Sontag foi uma escritora maravilhosa, se tiver chance, leia qualquer coisa dela, vale o tempo, vale a pena.

(1) Digitais e implacáveis: nos arquivos de Susan Sontag
www.pesquisamundi.org/2014/03/digitais-e-implacaveis-nos-arquivos-de.html



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

Sobre amigos e mudanças


Algo que sentimos mudar bastante depois que nos tornamos pais foi o nosso ciclo de amigos. E eu acho isso muito natural, pois as prioridades e os interesses de quem tem filhos parecem-me bastante distintos daqueles de pessoas que não querem e/ou não planejam ter descendentes. Eu apenas acho ‘engraçada’ a falta de sensibilidade de alguns.

Eis que certa feita uma amiga me liga contando que semana tal estaria passando o filme Y no cinema X. Poderíamos nos encontrar um pouco mais cedo para comer alguma coisa lá pela tardinha, ficar de papo e depois assistir à sessão das oito, sendo que o diretor do curta estaria presente a partir das dez para um breve papo.

O devaneio foi mais longe, mas eu já havia deixado de ouvir muito antes e dito que não era possível, porque tem a menina e tal e ela sugeriu que eu deixasse com a vizinha e eu: ‘Pô, minha filha não é cachorro, peralá, e a vizinha deve ter outra programação, além do mais somos uma família, não posso simplesmente mudar os planos sem consultar os outros envolvidos.’ Aí parece que ela se zangou comigo e ficamos assim.

Quando uma amizade parece que está morrendo eu fico triste e lamento, claro, mas antes de mais nada agradeço a Deus por ter nos posto neste fogo: porque a palha queima, mas o ouro ficará.


"É tão certo quanto o calor do fogo
Eu já não tenho escolha
E participo do seu jogo, e participo"


Trecho de Fogo, Capital Inicial


Errata: Em lugar de 'ciclo de amigos', leia-se: 'círculo de amigos'. Leia também o post que seguiu este, sobre mitos.



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 22 de março de 2014

Uma flor para vocês, da Bluemaedel!





Esta é uma das minhas fotos preferidas. É uma flor de uma planta que há longos verões vem enfeitando nosso jardim, não sei como se chama,  pouco entendo de plantas - para minha vergonha, bem sei (risos). 

Como nem sempre posso retribuir com mais freqüência as visitas que recebo, e olhe que são pouquíssimas (graças a Deus!), ofereço a Ana Bailune e a Lu Narbot, minhas leitoras mais assíduas, esta postagem em forma de gratidão a todas as vezes que estiveram aqui e deixaram seu carinho registrado num comentário. Muito obrigada pela consideração, obrigada mesmo!

Ofereço-a também aos leitores que pouco ou nunca se manifestam, se as homenageadas me permitirem, é claro. ;-)


Um beijo azul para vocês!






© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

terça-feira, 18 de março de 2014

Vamos brincar com a Chica?


VAMOS!



Eis minha simples contribuição:

Faço do meu trabalho minha brincadeira melhor.




Eis o link para o blog da Chica com atalhos para todas as participações:


© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

sábado, 15 de março de 2014

A Bluemaedel no Face – Outro capítulo


Essa tela é minha.

Pois é, quem acompanha minhas postagens no facebook – pense muito bem antes de entrar nessa rede, já lhe digo!! Sobrevivi ao Recanto e ao Orkut, mas ao Face... – sabe que tenho reportado a minha luta para reduzir ao máximo a quantidade de tempo que gasto lá dentro. 

O ideal mesmo seria eu nunca ter entrado, e resisti o quanto pude, só me vi obrigada a criar uma conta em 2012, e o fiz porque queria ter acesso a pessoas que estão ali dentro o tempo todo e ignoram tudo o mais que se produz fora. Outro motivo é o fato de que vivo entre dois mundos: moro na Alemanha, onde tenho minha vida real, mas não quero perder os laços com o Brasil e as pessoas queridas que tenho por lá. Ou seja: há a necessidade de saber o que ali ocorre e mais: sinto-me convocada à boa ação. Daí surgiram meus projetos literários: o Quinze Contos Mais, o Sem Vergonha de Contar e o Quintextos, sendo este último o mais ambicioso dos três, o que me exige muita dedicação e me obriga a estar na rede por mais tempo do que eu classificaria como saudável. 

Fato é que um belo dia meu esposo chamou-me a atenção para um comportamento muito suspeito: o mau hábito de TER DE consultar o face antes de ir dormir, uma última vez-inha só. Então passei a me monitorar seriamente. O objetivo era descobrir 1°) o número de acessos diários e o motivo e 2°) a quantidade de tempo gasto para tal. 

A exigência de nunca entrar sem um motivo muito claro já me ajudou bastante, mas não evitou que mesmo assim, uma vez lá dentro, eu perdesse a noção do tempo, já que naquele circo, venhamos e convenhamos, há muitas e boas atrações, uma ferramenta muito bem arquitetada para levar as pessoas a passarem a vida ali dentro, e as facilidades de acesso então, nem se fala, ninguém questiona o que se tornou ‘natural’. 

Então eu tomei um choque e de um tempo para cá passei a testar o meu auto-controle, venho tentando descobrir o quanto ainda me resta do controle que eu achava ter e não tinha há muito tempo, pois se tivesse eu faria o que eu quero e não o que o vício me leva a fazer. Vi, logo nos primeiros dias de abstinência, a minha dificuldade para não acessar em todas as pausas, principalmente antes de ir dormir ou quando estou realizando alguma tarefa enfadonha e o facebook é a ferramenta ‘perfeita’ para dar a sensação de escape da rotina, de respiração. Só que é um ar podre que se aspira e fica lá dentro nos envenando de mansinho, crescendo em nossos pulmões e nos tirando cada vez mais a percepção da realidade. É assim que me sinto no momento: envenada de tanta ‘distração’, sem falar nas propagandas. 

Então, como eu já disse, vejo-me obrigada a permanecer no Face por conta das páginas dos projetos literários e voluntários que lá administro, sobretudo por idealismo. Há muito lixo sendo produzido e eu tenho plena consciência de que tento produzir um conteúdo bom, estou ali para ajudar pessoas, para tentar chamar a atenção para conteúdos de qualidade que encontro fora do Face, e embora o interesse pelos projetos seja ainda mínimo, tirar as páginas do ar por causa dos meus conflitos pessoais não me parece justo e profissional, mas também não me parece justo tentar levar adiante o circo como se nada de mau estivesse acontecendo comigo, como se esse ‘vício’ fosse muito natural no nosso tempo.

Então, enquanto eu estiver passando por essa fase de auto-avaliação e desintoxicação, tentarei acessar menos ainda, entrando só para postar coisas relacionadas aos blogs literários. Farei também uma checagem na lista de amigos (tenho uns 193). Entrarei em contato com cada um e pergutarei se ainda desejam manter contato comigo, principalmente com aqueles que demonstraram interesse no meu trabalho, solicitando   'amizade' mas com os quais nunca troquei uma mensagem.  Caso desejem manter o contato, sempre haverá a opção ‘seguir’, que permite que as pessoas leiam tudo o que eu vier a publicar com o status ‘público’. 

Acredito que amigos de verdade e pessoas de bom-senso entenderão e evitarão cobranças de atenção e curtidas – outra praga desse meio, que leva ao vício e ao desenvolvimento de ansiedade e a um comportamento cada vez mais superficial – Sem perceber, as pessoas estão sempre esperando e cobrando dos amigos virtuais uma imediata reação, paciência é uma palavra que perdeu o sentido, bom-senso também. Assim sendo, recolho-me à minha cela de reabilitação, pois se eu que me achava forte vejo-me agora tão vulnerável, dirá aqueles que não puderam desenvolver-se emocionalmente o suficiente para lidar com vícios e nem têm o hábito de se questionar.  

A vida é uma sucessão de escolhas. Entre aceitar esse comportamento absurdo como algo natural do nosso tempo, - recuso-me a isso insistentemente - escolhi contar o meu caso, e assim me rebelo contra essa sutil forma de dominação.





© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

segunda-feira, 10 de março de 2014

O que ninguém mais disse que queria dizer

Assim brotam d’alma
Os versos ‘carolas’
Que expelem vontades
Castradas do ser;
Que secam salivas
De gostos alheios
Que gritam mais forte
E por si sabem ser.

Assim brotam d’alma
Os versos ‘corretos’
Que explodem desejos
Contidos no ser;
Que furam retinas
De olhos alheios
E brilham tão claros
A quem sabe ver.

Assim brotam d’alma
Os versos ‘secretos’
Que trazem verdades
Mentidas no ser;
Que quebram colunas
De corpos alheios
Que dão voz ou calam
A quem souber ler:

D E S C R I T O.


Nota: estes versos foram escritos com o propósito de participar de uma brincadeira 'poética'. Recebi da amiga Cristina Jordano (ela, sim, poeta) o desafio de postar, em 24 horas, um poema de minha autoria. Escrevi esta letripulia, portanto, só por diversão. 

"Diversão é solução sim, 
Diversão é solução pra mim
Diversão!"

Trecho de Diversão, Titãs



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 2 de março de 2014

Amém! :-)



Não sei quem primeiro disse, escreveu ou pensou nesta frase. Considero-a puro senso-comum, portanto... Ah, o conselho é para mim, primeiro, mas se alguém quiser adotar, fique à vontade. Quem sabe essa atitude ajude a combater a epidemia do mimimi... hehehe hihihi - ho-ho!



© 2014 Helena Frenzel. Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons - Atribuição - Sem Derivações - Sem Derivados 2.5 Brasil (CC BY-NC-ND 2.5 BR). Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito à autora original (Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.