Escrever numa gincana literária é uma experiência, no mínimo, excitante. Resolvi
participar de uma, porém à margem. Até um dia antes do início, digo: hoje,
lutei comigo mesma para aceitar o desafio: 50.000 palavras até o final do mês.
Torci o nariz no começo, confesso. Quantidade não é difícil, desafio é a
concatenação, mas a idéia é apenas ‘escrever e escrever’, ajudar a criar uma disciplina para escrever todos os dias ou regularmente, ter uma meta a alcançar, o que de certo
modo já faço, porém não concentrada numa história só. Sim, gosto de trabalhar
com objetivos. Talvez eu não tenha definido ainda como meta ‘escrever um livro’
e fui priorizando outras coisas. Parece que Oscar Wilde escreveu O Retrato para mostrar que conseguiria sim passar mais tempo concentrado numa narrativa mais
longa. Não sei se isto procede, li numa biografia e já sabemos que não devemos
aceitar tudo o que lemos como verdade. Aliás, o produto deste mês de
novembro dedicado à escrita será uma grande mentira, uma narrativa de ficção.
Será que agüento mentir por tanto tempo e com propriedade? Por que não tentar? Pois é, por que não?
E a minha história já começou. Ontem à noite pensei rapidamente num esquema: protagonistas e demais figuras, conflito principal, desfecho e, o mais
importante: o começo e o final. Tenho agora que preencher o meio e fazer isso
de modo literário e convincente para o leitor. Será que consigo? Vamos seguindo. Mais detalhes amanhã ou mais
para a frente.
Total de palavras escritas hoje: 2.161.
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