domingo, 14 de julho de 2013

Sobre EBooks


Foto: (c) 2013 HF - Acervo pessoal


Interessante notar que muita gente parece ver no EBook uma forma de ganhar muuuuito dinheiro, as cifras até brilham nas entrelinhas de comentários que tenho lido por aí, mesmo que combatendo o menosprezo declarado a tal formato por parte de muitos alguns. Ainda que tantos desdenhem do EBook e de suas possibilidades, a oferta tem sido cada vez maior e, estranhamente, algumas editoras alegam ser mais caro produzir EBooks do que livros em papel. Será mesmo? Ou simplesmente formas de boicote e exploração?

Eu sempre vi o EBook como um meio de fazer o texto chegar mais rápido e (por que não?) de forma gratuita ao leitor, principalmente àquele que está interessado muito mais no texto do que numa luxuosa edição, e aqui sei que estou falando não do leitor que se arroga nível avançado versão be(s)ta três ++, mas daquele leitor simples, ainda em formação, que muitos desejam atingir.

Se o autor ou a autora assim autoriza, um EBook pode ser legalmente compartilhado, impresso, fotocopiado e distribuído livremente. Essa opção satisfaz a quem deseja tão somente ser lido e disponibilizar o texto. Já para os que vivem da venda de livros e buscam qualidade de edição em papel há muitas estradas largas que levam ao mercado tradicional, porém calçadas com as enormes pedras da distribuição e das regras impostas pelos mercados editoriais. Livros não são escritos para ficarem em depósitos ou encalhados em prateleiras e ainda que o autor o tenha escrito só por escrever, é triste tirar do leitor a chance de poder deitar os olhos sobre o texto que ali jaz.

Por essas e por outras razões a base das minhas publicações é e continuará sendo o formato eletrônico gratuito e de livre distribuição. Se meus textos não agradarem, já que não escrevo com esse motivo, pelo menos liberto o leitor da condição de ter pago pelo livro. Estou apenas compartilhando minha biblioteca virtual.

A meu ver, o formato impresso continuará existindo por vários motivos, sobretudo porque folhear um livro é um prazer de difícil substituição. Também porque o formato impresso é mais adequado para livros infantis e cheios de ilustrações. Porém nada impede oferecer um mesmo titulo em diferentes formatos, desde que seja cobrado um valor adequado para cada tipo, dando mais liberdade de escolha ao leitor. Uma pacífica convivência entre todos os formatos é possível, não? E você, o que pensa sobre essa questão?