sexta-feira, 3 de agosto de 2012

NÃO!




Essa palavrinha dá o que falar! Uns não sabem o que significa, outros não sabem dizer e há ainda os que a entendem como "sim" ou "talvez". De todo modo, nenhuma palavra tem que ser a última - sempre resta um "por quê?". Que eu não poderia engravidar, disse-me um médico certa vez, certo. Anos depois, amamentava minha filha e pensava no "não" e suas certezas. Agora, o desafio é fazê-la compreender que "não" é NÃO e todo mundo precisa dele. Ela é ainda muito pequena, mas não penso em desistir de ensinar-lhe o significado da palavra mais sufocada pelas novas gerações. Crianças que crescem se achando o máximo e pensam que, como seus pais, o mundo é seu capacho tornam-se pessoas incapazes de lidar com os outros e com as próprias frustrações. Antes, quando uma criança ia mal na escola, a culpa era só dela. Hoje em dia, a culpa é dos pais, da escola, dos professores, da vizinha, do governo e de todos, menos da criança que não senta pra estudar. E por falar em "não", precisamos reinventá-lo, você não acha? Senão, onde iremos parar? 


Crônica originalmente publicada no BVIW. Confira os outros dois textos e os ótimos comentários da rodada aqui!





Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Favor informar o nome da autora. Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.