sábado, 30 de junho de 2012

Escrever: o que tenho aprendido até aqui - VI


Um texto com personagens sem gênero definido torna-se mais rico por poder moldar-se à silhueta de quem o lê, por maiores possibilidades de configuração. Tentei fazer isto no conto UM QUANTUM DE FELICIDADE. Estender a idéia a todo um livro? Grande desafio, mas se pode implementar. García Marquez não conseguiu desviar de palavras terminadas em '–mente'? Certos detalhes, só um leitor mais sensível para 'pegar'. Do sonho à realidade, com tempo e vontades (Danke, Saramago!) muito se pode alcançar.

Explicaçãozinha: em "E tudo isso num quantum de tempo que a mim pareceu infinito.", A MIM refere-se à figura incógnita de quem narra a cena, não se refere A MIM, autora do conto.




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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Bolo de Maçã

Foto: HFrenzel 2012


Forno e fogão não vejo com alegria em minha vida diária, pois que em habilidades culinárias tenho ainda muito que desenvolver. Assim sendo, quando tento uma receita e dá certo, além de saborear o resultado, só posso comemorar e... não, não penso em transformar o Bluemaedel num blogue de culinária, pode sossegar! Posto uma foto do meu bolo com um link para a receita original porque meu marido comeu e gostou - e eu também. Usei uma xícara (de 200 ml) de açúcar a menos ( a receita pede duas, no total) e precisei de 35/40 min para vê-lo bem assadinho em forno a 200°C. Bom, para quem foi menos ainda coberto por dotes culinários quanto eu: teste a receita e '¡Que aproveche!'


domingo, 24 de junho de 2012

Será que compreendemos?

Não sei se outros também sofrem disso, mas eu ando ouvindo um zumbido chato na internet, o que tem me tirado o prazer de navegar. Já mandei checar os ouvidos e o médico garantiu-me que com a função básica está tudo okay: sigo ouvindo o que quero e o que não, sem reclamar. A síndrome chama-se febre de compartilhamento e constante atualização. E ainda que eu não sofra desse mal, fui afetada pela radiação, daí o ruído me incomodar tanto. É que hoje em dia todo mundo ‘partilha’, todo mundo tem algo a dizer ou mostrar, e tudo ao mesmo tempo, sem pensar nem parar pra ouvir o que o outro quis dizer. Quem aprecia canto coral sabe que cantar sem ouvir o outro acaba com a peça e que pausas na música existem para se fazer, ou seja: o silêncio tem função. E é impossível ouvir tudo ao mesmo tempo, é preciso concentração. Em dias de tanto compartilhamento, pouquíssimos são, nesse meio, os que ainda têm algo para dar. Explico: no complexo de coisas que chamam ‘alma’ humana, domina a idéia de essência, o que cada um tem escondido dentro de si e por vezes até de si mesmo; mas se compartilhamos tudo a todo tempo nada resta pra esconder ou deixar o outro descobrir; banalização do que temos de mais caro, nosso EU e o tempo necessário para que ele surja. Compreender algo não é puro acúmulo de conhecimentos, é um estado interior; uma nova ligação, um clique que se fez. Imagine all the people sharing all the world, cantou John Lennon. Por um tempo, uma desconexão? Imagine!!! (Clique aqui para ler comentários para esta postagem no BVIW).


Escrever: o que tenho aprendido até aqui - V



Um texto ou me alegra ou ofende; se me é indiferente, pergunto-me se o  soube ler (ou criar).



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sábado, 23 de junho de 2012

Para quem diz que livro virtual não é livro...


Eu digo:
Não confundir conteúdo com forma de apresentação.

Dito!

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Escrever: o que tenho aprendido até aqui - IV



Num texto com arte escrito, os não-ditos sentidos dão; 
Vidas ao texto!



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segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um casaco maior que a vida


Um lugar onde tempo não existe e espaço se molda aos limites de cada um, um ponto de retorno à razão perdida no dia-a-dia, nos vêm-e-vão; um manto onde se visse aquecida e outras ouvisse, além da própria voz; era o que buscava. Um lugar onde ninguém gritasse, todos comessem e falassem com pausar e agressões não fossem a moeda de um afago. Um casaco maior que a vida era tudo o que queria ter, não para esconder-se numa atitude infantil, porém aceitar que a única vez em que deixara de respirar fundo apertara um gatilho, e agora jazia sem ar, com a alma ferida e um corpo no chão. E da frieza desta realidade, casaco algum a poderia proteger.


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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Certas 'Redes' Sociais


Nada tenho contra o Facebook, mas tenho contra sites que tentam obrigar uma participação. Por exemplo, permitindo acesso a determinado conteúdo somente a quem tem conta no Face. Descobri que agora sou dos excluídos virtuais, aqueles que optaram por não fazerem parte de certos locais. Participo do Recanto das Letras, que, de fato, se assemelha a isto, mas (ainda!) não tão idiotizante quanto Face and Co. Usar o Recanto como uma rede social está nas mãos do usuário, é ele que (pasmem!) ainda decide o que quer informar de si, ou não, e que depois não venha chorar os dados derramados. Já em certos ambientes, tudo o que se faz é monitorado, da localização geográfica aos contatos que se tem, dos sites que se visitou, do que se gosta ou não, do que ‘se andou pensando’ em certos momentos e por aí vai. E em caso de morte o perfil fica por lá, ninguém pode remover, nem a família. Eu vejo tudo isto com muita desconfiança e sinceramente não penso que estejam guardando informações para nos ajudar. Vender ou comprar algo, mais fácil que seja isso, já que na rede tudo é vendível, até título de doutor. Aliás, os dias de internet livre há muito já foram contados, e ao que tudo indica, os meus também. De uns tempos pra cá sinto cada vez menos vontade de estar conectada, só o  faço com propósitos muito especiais. Conecto-me, antes, com a vida. Pois desta sim, não há backups.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 14/06/2012
Código do texto: T3723463

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quarta-feira, 13 de junho de 2012

Escrever: o que tenho aprendido até aqui -III


A arte de criar contos requer avareza com as  palavras, matéria da construção; um tijolo só que não diga nada (ou vários que digam uma coisa só) num bom conto não tem função.

E aprendendo, sigo.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 13/06/2012
Código do texto: T3721923


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domingo, 10 de junho de 2012

Como a Tecnologia Evolui


Foto: HFrenzel 2012



Não pertencia à tribo dos iLetrados Tecnológicos; muito pelo contrário, sabia bem como as coisas funcionavam e melhor ainda: como fazê-las funcionar. Só queria mesmo era um telefone, prático e econômico. Após esgotar catálogos buscando um modelo na Internet, dirigiu-se a uma loja não-virtual. Ah, disse o atendente, esse aparelho só pra telefonar que procura não encontra não, duvido!, todos têm funções adicionais. Inacreditável, pensou. Todos os modelos incluíam GPS, câmera e navegador, sem falar na Web. Havia um com identificador e gerador de conversa fiada, muito bom para escritores, por sinal - disse o vendedor -, outro com regulador de vibração e um terceiro que recebia por satélite sinais de TV e os reproduzia em 3D; mas, tudo o que queria era só mesmo poder telefonar. Lembrou-se do dia em que teve que ficar à chuva, esperando um ônibus numa parada erma com risco de aparecer nas páginas policiais; tudo isso só porque não tinha um celular e não havia mais orelhões ou essas cabines antes chamadas telefônicas, nem mesmo um telefone daqueles só para casos de SOS. Por isso traíra o movimento, tinha que ter celular para tais situações. Entre o da conversa e do 3D, decidiu-se pelo de forma estranha, de cor marrom; o preço, a martelada final: Levo! Ainda na loja, testou a função de telefone e as adicionais deixou para casa. Uma semana mais tarde voltou à loja. Devido à garantia, o vendedor logo perguntou-lhe se desejava trocar. Sim. O aparelho não lhe satisfez? O telefone agrada, no entanto o design... Não teria um assim mais roliço e tal, indagou meio sem jeito. Pois se não tinham, trataram de providenciar! Pura questão de design, assim a tecnologia evolui. E um viva aos adicionais!
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 10/06/2012
Código do texto: T3716065

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sábado, 9 de junho de 2012

Os Peitos na Questão




Mulheres de peito (literalmente aberto) protestaram contra o turismo sexual na Ucrânia; interessante a quantidade de fotos que exibiram na matéria de um jornal. Foto-matéria, melhor dizendo, destacando a reação (super) engajada de alguns passantes. Sinceramente, pareceu mais propaganda do que protesto com o slogan: na Ucrânia as mulheres têm peito, venha conhecer! E caído não vi nenhum, o que só estimula amigos de peitos e bundas a quererem aportar por lá. E lembrando da Janet Jackson, esse negócio de peito levanta sempre muitas questões... Coisa de despeitados, né rapaz?!
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 09/06/2012
Código do texto: T3714464


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