sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A palavra de hoje é...

Chata, chato!

Uma coisa é o que se aprende nos livros ou na escola; bem outra é o que se vivencia. Pois bem, de quando eu era criança, lembro-me que mamãe dizia: “Minha filha, você está chata!” Outro dia, vi-me dizendo o mesmo à minha filha. Claro! Como todo ser humano, num dia ela está bem humorada, num outro, nem tanto. Pois é, daí o uso de ‘estar’, ao invés de ‘ser’, se bem que me custa crer que mamãe tivesse observado isto em suas colocações no tocante ao meu humor. Uma pessoa que ‘é algo’, o é o tempo todo e, se alguém é chato -  valha-me Deus! -, só se for aquele piolho, aquele que dá naquele lugar: o púbis. Se bem que, em termos de ser chato, tem gente que ‘é chata’ mesmo, não tem como ‘aliviar’. Daí que, longe de querer fazer um tratado lingüístico, eu, neste ‘textículo’, só quis brincar um pouco com o chato e seus irmãos, e põe irmãos nisto! Alguns deles são: o tedioso, o irritante, o enfadonho e o aborrecido, o achatado, horizontal, o monótono e o insípido, o constante, o enjoado, o perfeccionista e o impassível. Incluo aqui os praticantes de proselitismo e os ‘estressantes’, que são os chatos moderninhos. É que antigamente não havia estresse, burn-out, bullying... Sim, mas voltando à chatice, que é algo que aborrece, o que eu quis dizer à minha filha, que está longe de ser entediante, foi o quanto, naquele instante, ela estava ‘estressante’, mal humorada como quê! E já que ‘mal humorada’ é sinônimo de ‘enjoada’, que me fez pensar na ‘chata’ e ... Peraí! Só faltou dizer que ‘chato’ é também ‘inoportuno’, e antes que eu chegue a este cúmulo, paro por aqui: falei!


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Não sigo o novo acordo ortográfico em Língua Portuguesa. Se deseja reproduzir este texto, no todo ou em parte, favor respeitar a licença de uso e os direitos autorais. Muito obrigada.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 27/01/2012
Código do texto: T3464695


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Favor informar o nome da autora. Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Coletânea Outros Quinze Contos



Nova coletânea de contos "avulsos" publicados no Recanto das Letras entre 2010 e 2012.

Você pode baixar em PDF (tamanho reduzido) no Recanto das Letras ou ler no Calaméo.

Comentários e críticas construtivas são sempre muito bem vindos!

A seguir, mensagem de lançamento publicada no Recanto:



Outros Quinze Contos: nova coletânea no ar

Acabei de disponibilizar (aqui na opção E-Livros, também no site calaméo) uma nova coletânea com quinze contos. Todos os textos são de minha autoria, já haviam sido publicados no Recanto e não são parte de nenhuma das minhas coletâneas anteriores. A idéia de reuní-los num volume PDF foi – e continua sendo – facilitar o acesso ao leitor, livrando-o da obrigatoriedade de ter que estar online para lê-los. Como a maternidade quase não tem me permitido investir tempo em outros projetos, fiquei muito feliz em ter podido concluir mais este, embora com atraso. Queria tê-la disponibilizado já à época do meu aniversário no Recanto – ano III! –, mas, como diz a sabedoria popular: o que não deu (certo) é porque não era mesmo para dar, paciência. Bom, chega de blá-blá-blás e vá aos contos, correndo! Espero que goste de lê-los ou, relê-los, talvez.

Grata pelas leituras e/ou comentários, um abraço fraterno :-)

Helena Frenzel
Publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 26/01/2012
Reeditado em 26/01/2012
Código do texto: T3462603

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O Caso da Barriga


Mulher barriguda a ninguém intriga, mas, da noite pro dia, crescer u'a barriga?!

E a filha de Tonha, assim, de repente, surgiu de barriga -- surpreendente! Pelo tamanho da pança, com bem uns cinco contavam e, pelas contas da mãe, umzinho faltava: se dois é pouco e três é melhor, que dirão de quatro?! E de quatro ficou o povo, besta, ao saber: “Quatro marias, Seu Menino, quatro marias vão nascer!” E fizeram assim assim: “Ajude a filha de Tonha, doe aqui, doe acolá, pois a pobre não tem nada, nem marido para dar!“ “E quem foi o responsável por esta geração?” A varinha de condão à sombra de um jatobá, e a cópula, ao pé, debaixo da copa do pau, da árvore, digo. Menino, foi aquela comoção, bem típica da região. Só não creu nisso o Juvenal, filho de Zé do Coco, que estudara na capital e voltara pra terrinha cheio de vontade de ajudar o povo (a se instruir e melhorar). Qual o quê, ignorância é manta de cetim que o povo adora vestir. Quem entende logo isso, e deixa Fufu Lalau, taxado é, rapidinho, de egoísta, ‘traíra’ e tal. Sabendo bem das coisas, foi Juvenal ao grão: “Vou perguntar ao médico que cuida da região.” “Pois há quatro meses, grávida estava não”, disse o médico sem receio. Menino, veja o resultado do falado embaraço: além de perna curta, barriga inflada e cara de pau -- aberração, que em Fufu Lalau há muito virou normal. “Devolva minha doação”, uns foram reclamar. Devolver, nada devolveram e quem deu não quis brigar. E a filha de Tonha, ainda foragida, nunca mais pôs a cara na rua, que dirá a barriga. Mudou-se pra bem longe, dizem, teve tudo o que queria: fez transplante de rosto, lipoaspirou a barriga. A conta da mentira: sete vezes sete, sem juros e em prestações, pagou com a cara mais limpa e as arrecadações. Mas como em Fufu Lalau o povo é muito bonzinho, mais dia menos dia e ninguém falou mais nisso. Mas o besta do Juvenal, que pra não perder a memória registrou tudo nos livros, ao fazer-me uma visita contou-me este ocorrido. Pois é, Juvenalzinho, como bem já haviam dito: pra extinguir a malandragem, só acabando com os bonzinhos.Causo inspirado em contos do vigário da vida real, aqui contado com elementos de fantasia, portanto: irreal. Qualquer semelhança com nomes de pessoas ou lugares, pura coincidência.
Aqui, um áudio para este texto.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 25/01/2012
Código do texto: T3460235

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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Every little thing...





Every little thing she does is

M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!    M A G I C!     M A G I C!     M A G I C!


Trecho de Every little thing she does is magic, The Police, Sting.

domingo, 22 de janeiro de 2012

A city in the skies for Isabella*


Uma cidade cheia de sonhos, fantasia, coisas boas, de amizade;  enfim: tudo de bom.

* Trecho da canção Isabella, Tom Jobim.