quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Satisfação


Não satisfeito
Com o feito imperfeito
Por ser homem feito
Aceitou um final.


Porque bem
Ou mal feito,
Imperfeito
É o bem feito
Que fita o melhor,
E feitor satisfaz.


Se a feitura é bem feita,
Perfeita é a feita,
Porque lá no fundo
Não há perfeição.


Inda não satisfeito
Com os fatos, com os feitos,
Não houve outro jeito,
Que a repetição.


E em busca da feita
E feitura perfeitas
Trocou o feitio,
Mudou a visão


E com um resultado,
Vencido e cansado,
A feita falada
Fechou com o final -
SATISFEITA.



Da série Brincadeiras em Versos

Clique aqui para ouvir.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 30/11/2011
Código do texto: T3364261


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Favor informar o nome da autora. Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 27 de novembro de 2011

Um dia sem comprar


Algo que eu não sabia: ontem, 26 de novembro, foi o “Buy-Nothing-Day” (1), dia mundial para não se comprar nada, um dia para não consumir nem se consumir fazendo algo ruim – para si ou para o planeta. Bom, pelo menos, ten-tar. Teoricamente, um dia para se pensar sobre o consumo e seus efeitos. Quem vive do comércio, claro, gosta nada disso, e eu até posso entender. Um problema está nos requisitos para se sobreviver, por exemplo, em grandes centros. Outro, nas mentalidades nada renováveis e, pelo jeito, sem risco de extinção. Quanto custam as vagas que o comércio gera ou deixará de gerar para nosso futuro na Terra? Quanto mais lixo e miséria se cria com a compra de supérfluos? Utopias. Quando penso em Ecologia, não paro de pensar em quem disse isso: “primeiro, o estômago, depois, a moral”. Para quem vive na roça, um dia a mais ou a menos sem compras pouca diferença vai fazer, a não ser que seja um fazendeiro desses que mandam desmatar florestas pra caber umas cabeças de gado ou um campo de soja a mais, ou um pequeno querendo crescer logo pra virar grande consumidor. Pensar sobre o que colocamos nas privadas (e depois nos mares) e viver tentado produzir menos lixo leva a um consumo consciente cada dia mais. Quanto ao dia de ontem, pode até ser que nada mude, porém custou-me NADA – e sem saber - colaborar.


(1) Buy-Nothing-Day: movimento de protesto contra o consumismo surgido em 1992, organização atribuída a Ted Dave. Implementado anualmente na última sexta-feira de novembro.  Informações colhidas na internet, informalmente; aqui dadas como ponto de partida a quem quiser saber mais sobre o assunto.

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Não sigo o novo acordo ortográfico em Língua Portuguesa. Se deseja reproduzir este texto, no todo ou em parte, favor respeitar a licença de uso e os direitos autorais. Muito obrigada.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 27/11/2011
Código do texto: T3359888


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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Troncos, Galhos, Olhares

Entre o céu e o chão, troncos e galhos;
Entre galhos e troncos, olhares p'ra o céu
Do chão




Fotos, texto, montagem: (c) HFrenzel 2011

sábado, 12 de novembro de 2011

Marginal

Esta história contou-me um amigo.

Quando criança, perguntou-lhe a mãe: “Meu filho, o que queres ser quando crescer?”. “Marginal, mãe!”. Silêncio. Ela nada entendeu. É que marginal, além de bandido, delinquente, também é 'à margem', como ele queria viver. Naquele tempo, bem pequenino, ele já brincava com as palavras, e sabia muito bem o que elas podiam dizer. Já sua mãe, coitada, soltou um “Meu Deus! Marginal, oras, isso lá é coisa que se queira ser?!” E eu diria: 'estar', como agora estou, marginal, onde gosto de ficar.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 12/11/2011
Código do texto: T3331339


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Letripulista


Nem autora nem artista, LETRIPULISTA, isto sou. Letripulista é quem brinca - com Letras, com letrinhas, com as artes, com a vida. Estripulias com Letras; com letras, estripulias. LETRIPULIAS: fazer é só querer, querer é começar. Princípio do letripulista é o prazer primeiro da escrita, depois, o partilhar. Textos são canteiros onde idéias podem brotar e comentários, não sendo daninhos, enfeitam e podem ficar. Do contrário, vem a enxada, doidinha pra arrancar. Vez em quando apara-se a grama, prepara-se a terra para a próxima estação, fecha-se a porta para balanço, cuida-se da iluminação. Tempo é o adubo mais caro e capricho, a ornamentação. A todos que meus canteiros visitam e colhem boas impressões, muito grata, gratíssima, obrigada, de coração!
Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 12/11/2011
Código do texto: T3332056

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O Céu

Olhai pro céu!















Foto: céu ao amanhecer (c) HFrenzel 2011.


"O céu sem começo nem fim
Para sempre serei seu fã"

Trecho da canção O Céu (Nando Reis, Marisa Monte, 1994).

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Coisas de São Google


Onze do onze de dois mil e onze,  onze e onze ou mais pra lá, eu computo, tu computas, vamos computar!

Mais amor que ódio, mais loucos do que sãos, mais trabalho que preguiçosos, mais palavras que ação; mais doce que amargo, mais laranja que limão, mais tristes que casados, mais políticos que ladrões; mais honestos que enganados, mentiras que confirmação, mais justiça que pecado, menos cegos que visão; menos bobos que artistas, mais poetas que artesãos, mais dor do que alegria, mais fé do que razão; menos ditos do que feitos, mais pressa que perfeição, mais brinquedo que desatino, mais verdade que ilusão; menos pobres do que ricos, bandidos do que heróis, prazer que desafio, mais juntos do que sós.

E para quem não crê, aqui os números:

amor 701.000.000
ódio 147.000.000
loucos 8.910.000
sãos 1.430.000
trabalho 257.000.000
preguiçosos 678.000
palavras 157.000.000
ação 129.000.000
doce 95.700.000
amargo 13.400.000
laranja 26.300.000
limão 16.300.000
tristes 61.300.000
casados 29.300.000
políticos 115.000.000
ladrões 6.370.000
honestos 12.200.000
enganados 2.820.000
mentiras 36.100.000
confirmação 25.000.000
justiça 103.000.000
pecado 33.000.000
cegos 4.710.000
visão 61.000.000
bobos 28.500.000
artistas 268.000.000
poetas 23.000.000
artesãos 2.090.000
fé 1.360.000.000
razão 56.000.000
dor 99.400.000
alegria 85.900.000
ditos 11.200.000
feitos 38.100.000
pressa 17.800.000
perfeição 7.670.000
verdade 108.000.000
ilusão 9.270.000
brinquedo 14.000.000
desatino 6.830.000
pobres 54.200.000
ricos 125.000.000
prazer 43.500.000
desafio 44.400.000
bandidos 12.800.000
heróis 29.300.000
juntos 133.000.000
sós 5.630.000
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 11/11/2011
Código do texto: T3330607


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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Coisas do tempo

Parece que o tempo está sempre do lado de quem nem pensa em correr atrás dele.


Observação: este foi só um pensamento que me ocorreu outro dia. Se alguém já pensou isso antes, registrou ou escreveu, de minha parte não é plágio, pura coincidência. Foi. E esta nota foi só pra lembrar:  o pensamento humano, maioria das vezes, parece seguir caminhos mesmos, e padrões.
Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 05/11/2011
Código do texto: T3318437

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