segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Feliz Natal! Próspero 2012!


Este cactus gigante (de metal) está em  Lanzarote, na entrada do jardim idealizado por César Manrique. Não sei se é obra também dele, ou se de outro artista em sua homenagem.

Esperamos que 2012 traga tudo de bom, mas se vier algo espinhoso, enfeitemos-lo, como a este cactus, and  everything’s gonna be fine, fine, fine... 


Boas Festas!



Helena, B. & B. Frenzel.

Se gosta de instrumentos de sopro, ouça aqui e aqui partes de um presente que ganhamos neste natal.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Vi o céu aberto...

E por trás de obstásculos e nuvens, sempre brilho, e muito azul!




















Fotos, texto e montagem: (c) HFrenzel 2011







quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Satisfação


Não satisfeito
Com o feito imperfeito
Por ser homem feito
Aceitou um final.


Porque bem
Ou mal feito,
Imperfeito
É o bem feito
Que fita o melhor,
E feitor satisfaz.


Se a feitura é bem feita,
Perfeita é a feita,
Porque lá no fundo
Não há perfeição.


Inda não satisfeito
Com os fatos, com os feitos,
Não houve outro jeito,
Que a repetição.


E em busca da feita
E feitura perfeitas
Trocou o feitio,
Mudou a visão


E com um resultado,
Vencido e cansado,
A feita falada
Fechou com o final -
SATISFEITA.



Da série Brincadeiras em Versos

Clique aqui para ouvir.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 30/11/2011
Código do texto: T3364261


Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original (Favor informar o nome da autora. Para ter acesso a conteúdo atual aconselha-se, ao invés de reproduzir, usar um link para o texto original). Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.

domingo, 27 de novembro de 2011

Um dia sem comprar


Algo que eu não sabia: ontem, 26 de novembro, foi o “Buy-Nothing-Day” (1), dia mundial para não se comprar nada, um dia para não consumir nem se consumir fazendo algo ruim – para si ou para o planeta. Bom, pelo menos, ten-tar. Teoricamente, um dia para se pensar sobre o consumo e seus efeitos. Quem vive do comércio, claro, gosta nada disso, e eu até posso entender. Um problema está nos requisitos para se sobreviver, por exemplo, em grandes centros. Outro, nas mentalidades nada renováveis e, pelo jeito, sem risco de extinção. Quanto custam as vagas que o comércio gera ou deixará de gerar para nosso futuro na Terra? Quanto mais lixo e miséria se cria com a compra de supérfluos? Utopias. Quando penso em Ecologia, não paro de pensar em quem disse isso: “primeiro, o estômago, depois, a moral”. Para quem vive na roça, um dia a mais ou a menos sem compras pouca diferença vai fazer, a não ser que seja um fazendeiro desses que mandam desmatar florestas pra caber umas cabeças de gado ou um campo de soja a mais, ou um pequeno querendo crescer logo pra virar grande consumidor. Pensar sobre o que colocamos nas privadas (e depois nos mares) e viver tentado produzir menos lixo leva a um consumo consciente cada dia mais. Quanto ao dia de ontem, pode até ser que nada mude, porém custou-me NADA – e sem saber - colaborar.


(1) Buy-Nothing-Day: movimento de protesto contra o consumismo surgido em 1992, organização atribuída a Ted Dave. Implementado anualmente na última sexta-feira de novembro.  Informações colhidas na internet, informalmente; aqui dadas como ponto de partida a quem quiser saber mais sobre o assunto.

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Não sigo o novo acordo ortográfico em Língua Portuguesa. Se deseja reproduzir este texto, no todo ou em parte, favor respeitar a licença de uso e os direitos autorais. Muito obrigada.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 27/11/2011
Código do texto: T3359888


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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Troncos, Galhos, Olhares

Entre o céu e o chão, troncos e galhos;
Entre galhos e troncos, olhares p'ra o céu
Do chão




Fotos, texto, montagem: (c) HFrenzel 2011

sábado, 12 de novembro de 2011

Marginal

Esta história contou-me um amigo.

Quando criança, perguntou-lhe a mãe: “Meu filho, o que queres ser quando crescer?”. “Marginal, mãe!”. Silêncio. Ela nada entendeu. É que marginal, além de bandido, delinquente, também é 'à margem', como ele queria viver. Naquele tempo, bem pequenino, ele já brincava com as palavras, e sabia muito bem o que elas podiam dizer. Já sua mãe, coitada, soltou um “Meu Deus! Marginal, oras, isso lá é coisa que se queira ser?!” E eu diria: 'estar', como agora estou, marginal, onde gosto de ficar.
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 12/11/2011
Código do texto: T3331339


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Letripulista


Nem autora nem artista, LETRIPULISTA, isto sou. Letripulista é quem brinca - com Letras, com letrinhas, com as artes, com a vida. Estripulias com Letras; com letras, estripulias. LETRIPULIAS: fazer é só querer, querer é começar. Princípio do letripulista é o prazer primeiro da escrita, depois, o partilhar. Textos são canteiros onde idéias podem brotar e comentários, não sendo daninhos, enfeitam e podem ficar. Do contrário, vem a enxada, doidinha pra arrancar. Vez em quando apara-se a grama, prepara-se a terra para a próxima estação, fecha-se a porta para balanço, cuida-se da iluminação. Tempo é o adubo mais caro e capricho, a ornamentação. A todos que meus canteiros visitam e colhem boas impressões, muito grata, gratíssima, obrigada, de coração!
Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 12/11/2011
Código do texto: T3332056

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O Céu

Olhai pro céu!















Foto: céu ao amanhecer (c) HFrenzel 2011.


"O céu sem começo nem fim
Para sempre serei seu fã"

Trecho da canção O Céu (Nando Reis, Marisa Monte, 1994).

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Coisas de São Google


Onze do onze de dois mil e onze,  onze e onze ou mais pra lá, eu computo, tu computas, vamos computar!

Mais amor que ódio, mais loucos do que sãos, mais trabalho que preguiçosos, mais palavras que ação; mais doce que amargo, mais laranja que limão, mais tristes que casados, mais políticos que ladrões; mais honestos que enganados, mentiras que confirmação, mais justiça que pecado, menos cegos que visão; menos bobos que artistas, mais poetas que artesãos, mais dor do que alegria, mais fé do que razão; menos ditos do que feitos, mais pressa que perfeição, mais brinquedo que desatino, mais verdade que ilusão; menos pobres do que ricos, bandidos do que heróis, prazer que desafio, mais juntos do que sós.

E para quem não crê, aqui os números:

amor 701.000.000
ódio 147.000.000
loucos 8.910.000
sãos 1.430.000
trabalho 257.000.000
preguiçosos 678.000
palavras 157.000.000
ação 129.000.000
doce 95.700.000
amargo 13.400.000
laranja 26.300.000
limão 16.300.000
tristes 61.300.000
casados 29.300.000
políticos 115.000.000
ladrões 6.370.000
honestos 12.200.000
enganados 2.820.000
mentiras 36.100.000
confirmação 25.000.000
justiça 103.000.000
pecado 33.000.000
cegos 4.710.000
visão 61.000.000
bobos 28.500.000
artistas 268.000.000
poetas 23.000.000
artesãos 2.090.000
fé 1.360.000.000
razão 56.000.000
dor 99.400.000
alegria 85.900.000
ditos 11.200.000
feitos 38.100.000
pressa 17.800.000
perfeição 7.670.000
verdade 108.000.000
ilusão 9.270.000
brinquedo 14.000.000
desatino 6.830.000
pobres 54.200.000
ricos 125.000.000
prazer 43.500.000
desafio 44.400.000
bandidos 12.800.000
heróis 29.300.000
juntos 133.000.000
sós 5.630.000
Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 11/11/2011
Código do texto: T3330607


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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Coisas do tempo

Parece que o tempo está sempre do lado de quem nem pensa em correr atrás dele.


Observação: este foi só um pensamento que me ocorreu outro dia. Se alguém já pensou isso antes, registrou ou escreveu, de minha parte não é plágio, pura coincidência. Foi. E esta nota foi só pra lembrar:  o pensamento humano, maioria das vezes, parece seguir caminhos mesmos, e padrões.
Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 05/11/2011
Código do texto: T3318437

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Neura ou neuro-programação?


Minha filhinha está crescendo num ambiente bilíngüe – com trema mesmo, assim, pela ‘treimosia’ minha, que é enorme grande demais (também o pleonasmo). Quem sabe um dia, quem sabe... Pois bem, entre meu ‘alemão capenga’ e  meu ‘português ruim’, optei pelo segundo, que ouvia já na barriga da mamãe, e é o idioma em que me solto mais.

Procurando músicas infantis em português brasileiro, deparei-me com certos problemas e algumas questões. As mais modernas: muito barulhentas; as mais antigas: belas e simples melodias; as letras, em ambas, hummm... (fazendo bico e torcendo o nariz). Para quem já tem um pensamento formado,  ‘no problem’, mas para quem ainda está para formá-lo... sei não!
Sei que, em questões meio esotéricas ou ciências novas, dessas que se ouve muito questionarem, acho válido, pelo menos, considerar as idéias principais. Isso porque, simplesmente, desconhecemos ainda muita coisa, como é o caso de muitos dos programas que ‘rodam’ em nosso cérebro e determinam nossa forma de agir e pensar. E esta, pelo que entendi, é uma das questões que neurolingüístas tentam explicar: como  construções verbais influenciam e/ou determinam nosso comportamento.
Alguns estudos mostraram que construções positivas trazem mais benefícios do que as negativas. Por exemplo: para alguém que deseja emagrecer, ao invés de usar "não quero engordar", mais produtivo seria dizer “quero emagrecer” devido à forma como o cérebro, supostamente, processa as negações. Fato é que, palavras dão comandos, e comandos geram ações. Lembrando do treinamento que recebem soldados – alguns, verdadeiras máquinas de matar –, acho que essas idéias têm certo fundamento.
Algumas pessoas gostam de ficar dizendo "Ich kann nicht" (eu não posso) – e acabam não podendo mesmo! Mais eficiente mostrou-se o  slogan obamístico: “Yes, we can!” (Sim, podemos!). Bom, a eleição do presidente de um país envolve muitos outros fatores, e esse foi apenas um exemplo inocente, nada prova, nada mais.
Se palavras influenciam ou determinam nossos pensamentos e ações, deveríamos MESMO prestar mais atenção ao que cantamos para nossos pequeninos, independente de idioma. Ameaças como “boi da cara preta, pega essa criança que tem medo de careta”, “nana neném que a cuca vem pegar” ou comportamentos maliciosos como “Samba-lelê tá doente, tá com a cabeça quebrada, Samba-lelê precisava é de umas boas lambadas”, “atirei o pau no gato” etcétera são letras que, conscientemente, evito ou tento mudar.
Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 28/10/2011
Reeditado em 28/10/2011
Código do texto: T3302561

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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Deixar chorar ou não: eis a questão


Reagir de pronto ao choro de um bebê o tornará mimado. Nada mais falso! Reagir de imediato ao choro, única forma que bebês conhecem para se comunicar, só aumenta a chance de acalmá-los logo, pois se choram, há sempre um motivo por trás; difícil, para o adulto, é decifrar qual. De quebra, aumenta a sensação de segurança no bebê, pois ele nota que não está só no mundo, largado ao ‘Deus-dará’. Certa vez, procurando na internet dicas para acalmar bebês, caí numa página onde se podia ouvir uma simulação do som que se ouve no útero e, numa outra, uma técnica para enrolar o bebê numa manta, simulando o ambiente apertado e quentinho da barriga da mãe. Já conhecia ambas, e, desde a primeira semana com minha filha, fui feliz ao aplicá-las. Um chiadinho ritmado ao pé do ouvido e umas balançadinhas de leve – nada de chacoalhar, o que é muito perigoso para bebês! – ajudam também a fazer dormir. Há pessoas que fazem isso por instinto, por ser uma forma natural, a meu ver, de se fazer um bebê parar de chorar. Bom, há também momentos em que não funciona nada disso, pois o choro pode ser uma combinação ou sucessão de vários fatores: fome, cólica, fralda cheia, uma dor qualquer, sono ou vontade de brincar. Nestes momentos, só mesmo muita paciência, pois pais estressados só pioram a situação. E em situações extremas, de choro intenso – duas ou mais horas de choro contínuo podem enlouquecer qualquer mortal – e quando não se tem ninguém para ajudar, melhor mesmo é colocar o bebê num lugar seguro e sair uns cinco minutinhos para respirar, – uma pequena pausa produz milagres!

Ter um bebê é algo maravilhoso, mas isto bem pode se transformar num inferno, principalmente para a criança, se quem cuida dela não tiver paciência, sensibilidade e informação. Fácil falar? Que nada! Mãe de primeira viagem, estou aprendendo a cada dia. Se bem que a dica de tentar  manter a calma – SEMPRE! – é a melhor que alguém pode dar.


Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 27/10/2011
Reeditado em 28/10/2011
Código do texto: T3300678


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domingo, 28 de agosto de 2011

Uma Pérola do Blues

Pérolas. Não falo das brancas, tampouco das negras, falo da brilhante Pearl, uma pérola do Blues. Pérola de voz ‘negra’ sem igual, dona de um sorriso infantil. Falo de Janis, Joplin, daquela que ao abrir a boca para cantar seus cósmicos blues deixava-se levar e enlevava com seu canto, uma intérprete sem par. Pérola de águas profundas, dona de uma voz excepcional, holofotes ofuscam e ela foi apenas uma little girl blue, sentada à porta de casa contando nos dedos as desilusões. Talvez por isso tão cedo se foi, enforcada nas rédeas da própria vida, coisa que muitos diziam naquele momento ela parecia ter nas mãos. Janis adorava cantar ao vivo, e entediava-se de morte nos estúdios de gravações. E esse tédio, dizem, levou-a a trilhar o caminho fatal que a levou daqui, que a tirou do Blues. Bom, ironia do destino ou não, pérolas de seus sucessos se encontram no álbum póstumo Pearl, codinome que ela gostava de usar, e como  dizia se sentir. Cause you may not be here tomorrow penso que Janis cantou como viveu, deixando-se lapidar, e nos palcos foi feliz. Onde estiver, Pearl, esteja bem, esteja em paz, siga feliz cantando blues. - BVIW 28a. rodada.




Texto vencedor da taça OURO da 28a. rodada de crônicas do BVIWtecendoletras, Special Janis Joplin. OURO também para MAIS UMA DOSE DE OVER ROCK, POR FAVOR!, de Djanira Luz. A PRATA foi para TUDO DE UMA VEZ AGORA!, de Anabailune. Confira textos com fotos, comentários e resultado desta rodada aqui.



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Não sigo o novo acordo ortográfico em Língua Portuguesa. Se deseja reproduzir este conteúdo, no todo ou em parte, favor respeitar a licença de uso. Muito obrigada.

Helena Frenzel
Também publicado no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 28/08/2011
Código do texto: T3186842


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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Alguns motivos e umas poucas razões

    Foto: HFrenzel


Só por prazer, escrever por escrever, escrever pra chamar atenção, escrever pra ganhar o pão, escrever pra se divertir, escrever pra fugir de si, escrever pra se descobrir; escrever pra ganhar guarida - escrever também para a dar, escrever para relaxar, escrever pra fantasiar; escrever colorindo linhas, escrever pra ganhar o dia - ou pra ver o tempo passar; escrever para se vingar, escrever para registrar, escrever pra morder a língua, também para envenenar; escrever para dar conselhos, escrever para ajudar - aos outros ou a si mesmo -, escrever pra se libertar; conquistar escrevendo, escrever para impressionar, escrever pra pintar um quadro, escrever para se pintar; escrever pra seguir crescendo, escrever para relatar, pensar a vida escrevendo, escrever para realizar; de escrever brincar escrevendo, escrever para se encantar.



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Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras por Helena Frenzel em 23/08/2011
Reeditado em 23/08/2011
Código do texto: T3177367


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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Assim mesmo nasce uma mãe


Poucas horas após o nascimento da minha filha, com ela nos braços, pensei: acaba de nascer também uma mãe! Na ocasião, sem poder escrever a respeito, guardei no porão das idéias a semente, pra poder plantar mais tarde. Interessante que, hoje cedo, recebi de uma amiga um Email contendo um texto alheio, o qual diz boa parte do que pensei em escrever no dia em que minha estrelinha nasceu. Pena eu não saber de quem é o tal texto. Reproduzo-o aqui porque me senti tocada pela mensagem e peço a quem souber da autoria a gentileza de informar. Desde já agradeço ao autor ou à (provavelmente) autora pela compreensão.


“NASCENDO UMA MÃE

Quando chega a hora de um bebê vir ao mundo, nasce com ele uma mamãe.

Na verdade, uma mãe é mãe desde o primeiro instante, desde a concepção. Mesmo quando a vida ainda é um minúsculo ser implantado no ventre, a gente já é mãe do coração. Todo nosso pensamento, todo nosso cuidado se volta para esse serzinho que, tão minúsculo, já provoca emoções tão grandes. A simples descoberta já nos traz um turbilhão de emoções inexplicáveis. A vida nunca mais vai ser a mesma. E nos perguntamos: "será que vou ser uma boa mãe?" "Será que vou saber cuidar do meu bebê?"

Mas uma mãe não nasce mãe e não aprende a ser em escolas. Uma mãe é e isso basta. Mãe sente, mãe adivinha, mãe aprende sofrendo, mãe sofre aprendendo.

Benditas são as mulheres! Se elas suportam uma das maiores dores, sentem sem dúvida a maior das felicidades. Uma mulher mãe é sempre algo sublime, ela tem algo de anjo e santo, uma aura invisível que reflete e ilumina seu rosto.

Mãe que está descobrindo as alegrias da maternidade agora, deixa eu te dizer uma coisa: se você tem medo de não saber o suficiente para ensinar ao seu bebê os caminhos da vida, saiba que é com ele que você vai aprender a trilhar muitos desses caminhos. Viva cada instante, todos os instantes e não se preocupe se está fazendo ou se fará as coisas certas ou erradas. Seu coração vai te ditar, confie nele! Aproveite ao máximo cada segundo, pois cada momento é único e esse privilégio não é dado a todos. Fale com seu bebê, faça carinho nele, sorria pra ele; viva o mais serenamente possível. Acredite: esses momentos são preciosos!...

E, sobretudo, você é uma pessoa agraciada! Deus os escolheu, para que fizessem parte um do outro. Ele saberá, certamente, conduzi-los nesse maravilhoso caminho.”


Autoria não informada (uma pena!) no Email original.


Aos bebês - quase que diariamente - abandonados por mulheres que 'não nasceram', precisamente àqueles que conseguiram sobreviver, o meu desejo: Deus envie logo uma 'mãe de verdade' para vocês!


Helena Frenzel
Publicado também no Recanto das Letras em 21/07/2011
Código do texto: T3109842


Nota adicionada em 31.07.2011: o texto do qual trata este post, originalmente intitulado 'Futura Mamãe', é de Letícia Thompson, que gentilmente confirmou a autoria e autorizou sua utilização no Bluemaedel. Grata ao José Cláudio Cacá que pesquisou e teve a gentileza de informar. 


sexta-feira, 15 de julho de 2011

Coisa boa, recomendo!

Um ótimo texto sobre o estado de coma da Educação no Brasil. Leia, vale a pena!

A política da ignorância - Blog O livro está na mesa, por Isabela Escher Rebelo.

Um abraço fraterno.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Sobre escrever?! Pelamordedeus!! - Comentário Emocional


Sonhei: conversava com alguém que queria saber por que gosto de escrever e acordei com a resposta ainda fresca. Calma, leitor, vou poupá-lo da agonia; pelo menos neste texto, juro!, não discorrerei sobre escrita ou processo de escrever. Chega já tantos metatextos, não? E clamas pelo efeito, o produto final, que eu sei, um conto, livro, um romance, qualquer texto diferente desses que agora imperam no mundo online. Cada um que leia e escreva o que quiser, claro, mas, como leitora à moda antiga, sem pena gasto tempo com qualquer livro que saiba me prender, independente de volume, e isto fez comigo Memorial do Convento, de José Saramago, livro que acabei de ler.

Cegueira e vista: tema comum na Literatura e que na obra de Saramago não podia faltar, tema principal em Ensaio Sobre a Cegueira, que li há muito tempo, e um dos tantos em Memorial. Aliás, em Memorial, adorei os personagens com B, diferente de em Ensaio, onde os personagens não têm, propriamente, nomes ou alcunhas, só características. Entendi ambos como fábulas modernas que podem caber em qualquer lugar deste nosso mundo louco, embora em Memorial a história se passe, explicitamente, em Portugal.

A linguagem de Saramago não é para inexperientes, arrisco-me a dizer, e sei que corro perigo de me julgarem pedante, nada mais o preço por pensar e dizer, não? É fascinante perceber sua beleza, fluidez e, paradoxalmente, simplicidade, linguagem simples para quem aprendeu a ler fazendo estripulias com palavras da língua portuguesa, coisas que inexperientes talvez não sejam capazes de, facilmente, perceber.

Tanto Memorial como Ensaio li no original, mas confesso que fiquei curiosa para ver uma tradução, por certo um desafio. Vou fuçar numa biblioteca daqui. E Saramago eu sei que há, falo de seus livros. Já encontrei Machado e Rubem Fonseca. Paulo Coelho, esse não me interessa não, mas, por incrível que pareça, autor contemporâneo mais fácil de se encontrar por cá. Talvez eu escreva um comentário emocional sobre Memorial e Ensaio antes do meu recesso, mas, por enquanto, deixo apenas as primeiras sensações: ambos são 10!, recomendo ler. E após ler o primeiro, Memorial, fiquei me perguntando onde teria ido parar minha vontade, principalmente a de escrever, e, que forma ela teria: a mesma de nuvem, talvez. Não da vontade de escrever textos diversos, falo, porém daqueles chatos, sobre o processo de escrever. Já chega, não?


Lembrando: a quem discordar, respeito, seja pelo que for. Antes de polêmicas ou discussões, com este texto quis brincar e informar, pela vontade, e pelo prazer. Só!




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Helena Frenzel
Publicado no Recanto das Letras em 09/06/2011
Código do texto: T3023914




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Recordar para Viver - Mais e Melhor!


Houve uma época em que eu podia dedicar-me um dia por semana a atividades voluntárias, então passei a visitar um asilo da Cáritas. Muitas coisas pude ver, um tipo de creche para pessoas idosas que não podiam mais ficar sozinhas em casa. Pela manhã, passava um carro apanhando os velhinhos e, à tardinha, ia-os deixar, ou vinha algum parente buscá-los. Lendo um artigo sobre demências e Alzheimer, lembrei-me de minha reação quando encontrei, neste asilo, uma senhora miudinha que muito me chamou a atenção. Doutora duas vezes havia sido, catedrática em Filosofia também, e agora ali, sentada a uma mesa com uma esferográfica na mão, rabiscando jornais e revistas como fazem jovens pequeninos na Pré-Escola, com a sutil diferença de que nem mais do próprio nome conseguia recordar. Aquela imagem me chocou. Fiquei pensando sobre a vida, as voltas que ela dá, e como cada um de nós se acaba. Naquela senhora magrinha, miñon, cabelos brancos e ralos, não se via vestígio do passado que uma enfermeira acabara de me contar. Pela gravidade da doença, esta senhora vivia no asilo, não pertencia mais ao grupo dos que vinham, passavam o dia e voltavam para casa no final. E no jornal de hoje, encontrei algumas dicas para retardar o Alzheimer que, mais cedo ou mais tarde, quanto mais um ser humano consiga viver, dizem os especialistas, maior é a probabilidade de que acabará desenvolvendo. Ler, escrever, conversar interessadamente com pessoas, fazer cursos, exercitar o corpo e estar sempre tentando aprender coisas novas mantêm o cérebro ativo e podem ajudar a retardar o aparecimento das demências. Ocupar-se com música, poesia (escrevendo ou decorando versos), tentar lembrar-se de números de telefone ao invés de consultar sempre a agenda, fazer compras sem olhar para a lista ou contas de cabeça, e, sobretudo, leitura e recordações. Dizem que recordar é viver e, de acordo com as descobertas de mais recentes estudos sobre Alzheimer, recordar é o que mantém vivas as células cerebrais, podendo funcionar como uma verdadeira fonte da juventude. Quem diria, da fonte não jorra água, e sim, recordações. Se necessariamente boas, ou más, nada diz a matéria, o importante é recordar, recordar para viver.




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Helena Frenzel
Publicado no Recanto das Letras em 09/06/2011
Código do texto: T3023833






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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Crendo ou não, cuidado com a 'midivisão'


Já ouvi de muitos: quem muito vê TV fica doido. E eu vi, com esses olhos que a Terra há de comer, não sei, se eu antes não mandar cremar, é que ainda não me decidi por um plano; se bem que cinzas é bem mais prático que uma cova com caixão, e fede menos. E de escolher nos pouparão a todos se a Terra vier, logo, a virar pó; em breve que digo, ainda nesta nossa geração. Planos pra lá, o que vi foi uma senhora ir perdendo o juízo, pouco a pouco, de tanto que passava o dia em frente à televisão (ligada, claro, com mais de não sei quantos canais), e foi passando a crer em todos os especialistas, teorias e profetas que lá habitam, o mundo da in-Formação, entretenimento, manipulação sem fim. Interessante era observar como ela mudava de hábitos e opiniões de acordo com o ‘trend’ do momento. Houve uma época em que, como tudo causava câncer, passou a não querer comer mais, só aceitando infusões e, por vezes, luz do sol, que não podia ser em excesso por causa da radiação. Depois vieram os complôs de espionagem, as viroses, pestes, os surtos de bactérias e as crenças, a fase pior. Todos os dias uma igreja diferente anunciava o fim do mundo e a urgência da conversão, e ela acreditava em tudo: visões, aparições, encostos, milagres, curas, e num sincretismo de dar inveja a qualquer constelação cultural. Crer não é problema, problema é militar, ou ‘proselitar’, digo. Se essa palavra não existia, acabei de inventar, e que saiba o leitor que tem a ver com proselitismo, encher o saco e aliciar os outros. Era um saco sem fundo ter que ficar ouvindo-a por horas a fio falar sobre tudo o que dizia crer e, pior ainda, tentando converter paredes e outros ouvidos, que remédio outro não tinham senão ouví-la. Meu Deus, é que matar um ser humano, dizem, além de pecado é imoral, é atentar contra o direito básico, e de todos, de respirar, isso pelo menos. Daí que, seguindo o conselho de um senhor já há mais de 50 anos casado: “Fazer de conta que não se ouve é o que faz um casamento durar”. E assim mesmo faziam as pobres vitimas daquela ‘mítima’, vitima da mídia e da televisão. E olhe que ela durou! Não querendo ficar doido, leitor, cuidado com a ‘midivisão’. Nos dias de hoje não é o amor que está no ar, e sim informações, e em rede, onde tudo pode ser manipulado. Guerras estão rolando há anos na Internet, e se eu não havia lhe dito antes, foi pra não lhe influenciar. Julgue você mesmo.



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Helena Frenzel
Publicado no Recanto das Letras em 08/06/2011
Código do texto: T3021216




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